quinta-feira, 12 de março de 2009

Mulher, não deixe essa bandeira cair


Cansadas de serem apenas donas de casa, e controladas por seus pais ou maridos as mulheres colocaram a boca no mundo e começaram e reivindicar seus direitos. A partir de então elas escolheriam com quem se casariam, em quem votar, usariam calças e optariam onde e como trabalhar.

Elas invadiram o mercado profissional , encaram qualquer função, incluindo aquelas normalmente exercidas apenas por homens como por exemplo auxiliar de obras, Trabalho desgastanste onde é necessário esforço físico, mas quem disse que o sexo frágil é tão frágil assim?

Porém , de acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) , as trabalhadoras ainda tem uma tímida participação não apenas em cargos representativos como na participação dos movimentos sindicais, visto que são poucas as organizações que incluem em suas políticas programas que promovem a colaboração da mulheres nos sindicatos.

A Pesquisa denominada “Ações Sindicais para a promoção de um trabalho decente para as mulheres” expõe que a participação das mulheres nos movimentos sindicais ainda é reduzida , devido a falta de oportunidade para a inclusão , de impulso para a participação sindical e outro fator bastante relevante, a dupla jornada de mulheres que após um dia árduo de trabalho ainda tem que encarar os afazeres domésticos e cuidar da educação dos filhos Normalmente as reuniões sindicais são realizadas à noite ou aos sábados e os encontros de plenária duram dois ou três dias, uma agenda difícil para quem tem que encarar uma Segunda jornada de trabalho ao chegar em casa.

Muita coisa vem sendo feita nos sindicatos, centrais sindicais, federações internacionais, e também pelo governo do presidente Lula, através da Secretaria de Políticas para Mulheres. No entanto, ainda são muitos os desafios que se colocam para que consigamos mudar esse cenário.

É preciso aprofundar na elaboração de políticas em relação ao mundo do trabalho ,identificando e removendo as barreiras às mulheres no mundo profissional, como a ausência de creches nos locais de trabalho, de cursos dentro da jornada normal de trabalho, ou o acesso a empregos “naturalmente masculinos”, ou seja, removendo tudo que limita as opções de trabalho disponíveis para as mulheres.

É no movimento sindical que a mulher encontra forças para continuar lutando, por isso esta bandeira não pode cair .Batalhar sempre foi uma das maiores qualidades da mulher , principalmente das brasileiras. Não podemos deixar que esta luta seja em vão. As Mulheres devem sim exigir direitos iguais aos dos homens, afinal não estamos falando de gênero e sim de humanos.

Sabemos que esta luta ainda contribuiu para inúmeros impactos positivos, como a erradicação da pobreza e a inclusão social, (estudos mostram que a melhora dos salários das mulheres repercute em toda a família), tornando-se modelo de boas práticas de emprego e de cidadania, com repercussões favoráveis ao desenvolvimento econômico local.

Ou seja, assim como em uma gestação a saúde da mãe é fundamental para a saúde do filho, com melhoras na vida profissional da mulher toda sociedade só tem a ganhar.

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